0032 | Santiago e Valparaíso
- Regina Feitoza
- 26 de jul. de 2016
- 4 min de leitura
Depois da aventura de atravessar de Mendoza na Argentina pro Chile, finalmente estamos em Santiago. Chegamos à noite, um pouquinho mais da meia noite, fomos recebido por uma amigo de Luciano que visitou o Brasil e passou por Aracaju, fazendo amizades por lá. Conversamos bastante, mas como estávamos bem cansados dormimos rápido, apagamos.
No outro dia pela manhã, primeiro lição sobre a cidade de Santiago. Olhamos pela janela e vimos um tempo nublado, mas não eram nuvens, aliás, eram, porém erma nuvens de poluição.

A cidade de Santiago é rodeada por cordilheiras, de um lado a dos Andes, do outro a da costa, a cidade fica no meio, lá em baixo e acima se forma uma nuvem de poluição, pois os ventos correm por cima das cordilheiras e não dissipa os gases emitidos pela cidade.
Bem, fomo aproveitar o dia, caminhar e conhecer a cidade. Fomo aos Cerro Santa Lucía, uma área verde dentro da cidade com diversas praças e lindos pontos para fotos. Subindo temos uma excelente vista das cordilheiras, que nessa época esta com seu pico todo branquinho de neve.
Descendo fomos andar pelo centro histórico. A cidade não possui construções da época de sua fundação por causa dos terremotos que destruiu tudo. As reconstruções tentaram manter pelo menos as fachadas, mas sempre fugiam um pouquinho do original, agregando ou perdendo algum detalhe. Mas essa triste história não tira a beleza dos casarões de época e o centro histórico, ainda assim, consegue transmitir a história de sua fundação.
Outro dia fomos ao Cerro San Cristovan, a maior área verde urbana da cidade e possui um dos pontos mais altos que é possível ter uma linda vista. Nesse ponto alto também está localizada a escultura da Virgem Maria, padroeira do país.
Conhecemos o bar La Piojera. Tradicional bar de Santiago, eleito por uma famosa revista (que eu esqueci o nome) como um dos melhores bares da cidade, daqueles que tem que ir, ok fomos! ai ai... Nosso host, o Carlos, nos avisou que seria um bar do tipo copo sujo, apesar de ser eleito por essa famosa revista, chegando lá não era só o copo não kkkkkkk o bar era todo sujo, tooooodo sujo kkkkk "La piojera", em português, siginifica "A Piolhenta" pronto, não preciso mais falar nada do bar kkkkkkk. Mas é típico né e se é típico temos que ir.
No La Pioera provamos uma bebida também tipica, "Terremoto" uma mistura de destilado de uva, groselha e sorvete de abacaxi, uma delícia, super docinho e é aí que tava o perigo. Tomei um copão e foi suficiente pra um terremoto na minha cabeça kkkkkkkk terminei a noite bebinha. Mas se é típico tem que que provar né.
Outras tipicidades que provamos foi o "Mote con huesillos" um suco de pêssego cozido com trigo, uma delícia, docinho e gelado, mas dessa vez era só um suco, nada de álcool kkkkk provamos também um prato típico "Chorrillana" uma mistura de batata frita, ovo frito, linguiça, carne frita em pedaços, ums pimentões e cebola frita.... um monte de coisa frita junta, uma bomba calórica como prato típico de uma cidade, gente, me senti tão pesada que pensei que não ia comer por dois dias kkkkkkkk

Fomos visitar Valparaíso, uma cidade colorida, quente e com uma vibração maravilhosa, Valparaíso transpira vida e o céu é azul. Bem diferente da capital Santiago, Valpo (carinhosamente chamada pelos chilenos) está em um rítmo diferente, apesar da correria é diferente, é mais gostoso, é mais quente é o mar...
A cidade é uma galeria de arte à céu aberto, pra todo canto que se olha se vê um lindo e colorido grafite, grafiteiros que são famosos pelo mundo tem um registro seu em uma obra pela cidade. Eu achei Valparaíso uma mistura de Salvador com Olinda, cheia de ladeiras, morros, colorida e transpirando arte e cultura, foi um ótima experiência.
Mas a história que mais me chamou à atenção sobre o Chile foi sua economia. A economia chilena é liberal, o estado é mínimo, tudo é privatizado. O cidadão paga bem pouquinho imposto, em contrapartida, paga-se por tudo, absolutamente tudo. Educação, saúde, aposentadoria...
Quanto aos trabalhadores, admissão e demissão é feita sem a menor burocracia, não existem proteções, apenas um contrato de trabalho entre a empresa e o trabalhador.
Os jovens chilenos são todos endividados, pois precisam de empréstimo na média dos 20 anos pra pagar seus estudos em uma faculdade.
Lembrei de um post que vi por aqui no face que dizia +/- que a sociedade diz que hoje os jovens são desapegados e não querem comprar aptos e carros, mas na vdd eles estão é endividados.
Bem, aqui no Chile, estar endividado é praticamente uma obrigação, ou, não faz uma graduação.
Nossa passagem por Santiago e Valparaíso foi bem tranquila. Passeios pela cidade, debates com amigos locais pra entender mais sobre essa economia onde tudo é privado, e observando o ritmo das cidades, dessa vez, estar em uma cidade grande foi muito relaxante.
A viagem agora segue para a Bolívia, passando pelo deserto do Atacama/Uyuni.
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